A decisão foi tomada por não haver pesquisas científicas com dados suficientes que indiquem um novo reforço para pessoas sem algum tipo de deficiência imunológica
O Ministério da Saúde (MS) decidiu não recomendar a aplicação da 4ª dose de vacina contra a covid-19 para a população em geral. A determinação foi comunicada durante a reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da covid-19 na sexta-feira 11.
De acordo com os participantes da reunião, a decisão foi tomada por não haver pesquisas científicas com dados suficientes que indiquem um novo reforço da vacina para pessoas não imunossuprimidas — grupo com algum tipo de deficiência imunológica. Antes de dar a “palavra final”, o MS analisou o cenário epidemiológico atual do país.
A nota oficial com a deliberação ainda deve ser publicada. Além disso, novas discussões sobre o assunto vão acontecer na próxima semana. Nos últimos dias, o Ministério da Saúde já havia adiantado o posicionamento do órgão sobre a aplicação da quarta dose.
“Antes de avançarmos rumo a novas indicações no calendário do Plano Nacional de Operacionalizações, se faz necessário compreender o cenário epidemiológico com maior detalhamento”, informou o Ministério da Saúde, em nota. “É necessário entender quanto às hospitalizações, óbitos e infecções pela covid-19 entre determinados grupos etários e sua relação com o status de vacinação.”
Apesar disso, os Estados e municípios não precisam seguir as recomendações do governo federal e podem elaborar regras próprias para o combate à pandemia.
São Paulo
Na quarta-feira, 9, por exemplo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o Estado iria adotar a quarta dose “independentemente de haver ou não recomendação do Ministério da Saúde”.
Segundo o governo paulista, o Estado tem cerca de 10 milhões de pessoas aptas a tomar a terceira dose, mas que ainda não apareceram para receber o reforço. Além disso, cerca de 2,2 milhões de indivíduos não tomaram a segunda dose.