Perguntas das Forças Armadas tem ‘certo grau de complexidade’, diz TSE

Corte, no entanto, negou que tenham sido apontadas vulnerabilidades nas urnas

Nesta sexta-feira (11), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas. De acordo com a Corte, o pedido das Forças Armadas trata de dúvidas sobre o funcionamento do sistema eleitoral e não aborda possíveis vulnerabilidades nas urnas.

Durante sua tradicional live pelas redes sociais desta quinta-feira (10), Bolsonaro falou sobre um pedido de informações feito pelas Forças Armadas ao TSE. De acordo com o presidente, foram identificadas diversas vulnerabilidades.

“Nosso pessoal do Exército, da guerra cibernética, buscou o TSE e começou a levantar possíveis vulnerabilidades. Foram levantadas várias, dezenas de vulnerabilidades. Foi oficiado o TSE para que pudesse responder às Forças Armadas. Passou o prazo e ficou um silêncio. O prazo de 30 dias se esgotou no dia de hoje. Isso está nas mãos do ministro Braga Netto (Defesa) para tratar desse assunto. E ele está tratando disso e vai entrar em contato com o presidente do TSE. E as Forças Armadas vão analisar e dar uma resposta”, destacou.

No entanto, o TSE afirmou que “o pedido do representante das Forças Armadas na Comissão de Transparência Eleitoral foi protocolado próximo do recesso, quando os profissionais das áreas técnicas fazem uma pausa. Após este período, o conteúdo começou a ser elaborado e será encaminhado nos próximos dias”.

A Corte também apontou que “são dezenas de perguntas de natureza técnica, com certo grau de complexidade. Tudo está sendo respondido, como foi devidamente comunicado ao referido representante. Cabe destacar que são apenas pedidos de informações, para compreender o funcionamento do sistema eletrônico de votação, sem qualquer comentário ou juízo de valor sobre segurança ou vulnerabilidades. As declarações que têm sido veiculadas não correspondem aos fatos nem fazem qualquer sentido”.

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