Ministro-chefe da Casa Civil ressaltou, porém, que a ideia é que os governadores também reduzam as alíquotas
O diesel é o principal alvo do governo para conter a alta nos preços dos combustíveis, segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, na madrugada desta segunda-feira (7), Ciro afirmou: “A ideia é darmos condições para que os governadores também reduzam, já que estão arrecadando tanto”.
“A determinação é reduzir os impostos federais no que diz respeito ao diesel, que é o fator mais complicado. Sei que a população sofre com a questão da gasolina, mas o diesel é o que transporta os alimentos e as pessoas nas grandes cidades”, ressaltou.
Nogueira disse que o governo de Jair Bolsonaro se preocupa em manter a estabilidade do país, fundamental para conter o avanço do dólar e evitar novas altas dos combustíveis.
O ministro-chefe da Casa Civil também ressaltou os obstáculos impostos pela necessidade de importação de cerca de 30% do refino do petróleo, atribuída à falha na conclusão de refinarias.
Sobre o andamento da pauta das reformas, o ministro reforçou a necessidade de uma reformulação na área tributária, para combater “o sistema mais complexo e injusto do mundo”. Nogueira afirmou que a politização do assunto impediu o avanço de uma solução no Congresso, mas prometeu a medida em um eventual segundo mandato de Bolsonaro.
“Aprovamos a reforma na Câmara, mas chegou no Senado e foi travada. Lá o governo tem muita dificuldade. A reforma tributária talvez seja a mais complexa de todas, porque envolve todos os poderes, interesses do empresariado, trabalhadores”, destacou.
Ciro Nogueira falou também sobre o reajuste salarial para o funcionalismo público e afirmou que o governo ainda não chegou a uma definição. De acordo com o ministro, não há verba no Orçamento para um aumento linear para todas as categorias em 2022, e o aumento de benefícios dos servidores, como o vale-alimentação, é uma das alternativas cogitadas.
“Os servidores merecem aumento; é legítima a reivindicação. Mas, se não tivermos responsabilidade quanto a isso, quem vai sofrer não é o funcionalismo, e sim as milhões de pessoas que estão passando fome. É difícil de sair, a não ser que tenha uma discussão de corte de gastos, que pode acontecer no Congresso”, completou.