Surgem detalhes da reunião que pode gerar o pedido de impeachment contra Cármen Lúcia

O deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS) afirmou que vai pedir o impeachment da ministra Carmem Lúcia.

Segundo o deputado, há proibição de atividade política por parte de ministros do STF.

A ministra participou de uma reunião política, sexta-feira, no apartamento da ex-senadora Marta Suplicy.

Cerca de trinta líderes políticas, ativistas, personalidades, intelectuais e escritoras – todas mulheres e todas de esquerda – com o objetivo de elaborar uma carta aberta à nação e estimular a inclusão de propostas para as mulheres nas campanhas à Presidência.

Não é raro ministros do STF participar de palestras públicas ou seminários – mas não foi esse o caso.

A ministra Cármen estava num ambiente fechado com um perfil dos componentes bem definido: além da ex-prefeita de SP pelo PT, Marta Suplicy, estavam presentes a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffman (PT-PR), a pré-candidata à presidência da república, senadora Simone Tebet (MDB-MS), a líder do Movimento dos Sem-Teto do Centro Carmen Silva e a irmã da falecida vereadora carioca Marielle Franco.

Ou seja, neutralidade ou pluralismo democrático passou longe desse convescote. A ministra Carmen Lucia parece apostar na tese de que o STF é um poder moderador – será que voltamos ao tempos do Império? – em detrimento do discreto mas fundamental papel de Guardião da Constituição, devidamente descrito em nossa Carta Magna.

A ministra Carmén, era aguardada com grande expectativa desde o início do encontro pela manhã, mas só chegou ao local por volta das 13h. Após discursar por meia hora sobre o combate à violência contra a mulher e almoçar, a magistrada se acomodou em uma cadeira ao lado de Marta Suplicy, logo depois de tomar um café preto sem adoçante, para participar da reabertura dos debates.

A ministra abortou a reunião quando as participantes quiseram incluir a questão do aborto no manifesto.

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