Profissionais fazem enorme manifestação ao redor do país por conta de obrigatoriedade vacinal
Diante da grande mobilização de caminhoneiros em protestos contra a obrigatoriedade vacinal para a categoria no Canadá, o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, e sua família decidiram deixar a casa onde vivem com destino a um local não revelado. As informações são da rede de TV canadense CBC.
De acordo com a nova regra determinada no país, caminhoneiros canadenses não vacinados terão que fazer uma quarentena ao voltar ao país após fazerem fretes fora do território canadense. Atualmente, cerca de 90% dos caminhoneiros do Canadá que fazem essa modalidade de frete, e 77% da população, estão totalmente imunizados.
O gabinete de Trudeau disse que não informará a localização do primeiro-ministro por razões de segurança. O premiê classificou o crescente movimento contrário à barreira sanitária para caminhoneiros não vacinados como contrário à saúde pública e aos valores canadenses de gentileza.
“A pequena minoria dos que estão a caminho de Ottawa expressam opiniões inaceitáveis. Seguir a ciência e se esforçar para proteger cada um é a melhor maneira de continuar a garantir nossas liberdades, nossos direitos, nossos valores como país”, disse Trudeau.
O movimento de caminhoneiros, chamado “Comboio da Liberdade”, começou como uma manifestação contra a obrigatoriedade da vacina para caminhoneiros que cruzam as fronteiras do país, mas se tornou uma grande manifestação contra as medidas do governo a favor da vacina, consideradas exageradas por parte da população.
“Não se trata apenas das vacinas. Trata-se de interromper completamente as obrigatoriedades de saúde pública”, disse Daniel Bazinet, proprietário da Valley Flatbed & Transportation.
O Serviço de Proteção Parlamentar estima que mais de 10 mil pessoas devem participar dos protestos ao longo deste fim de semana. Já a Polícia de Ottawa recebeu reforços das regiões de Toronto, London, York e Durham, além da Polícia Provincial de Ontário. Os organizadores dos eventos pediram aos participantes que evitem a violência.
“Não podemos atingir nossos objetivos se houver ameaças ou atos de violência. Este movimento é um protesto pacífico e não toleramos nenhum ato de violência”, disse um dos líderes das manifestações à CBC.