David Holland, cientista atmosférico da Universidade de Nova York, tem algo nada agradável a dizer: uma das maiores estruturas de gelo do mundo está se desfazendo mais rápido do que podemos agir para evitar isso – o derretimento da convenientemente apelidada “geleira do fim do mundo” já é irreversível, segundo o expert.
“Geleira do Fim do Mundo” é o nome mais conhecido da calota polar no lado oeste da Antártida, oficialmente referida como “Geleira de Thwaites”. Trata-se de um imenso bloco de gelo com quase 40 quilômetros (km) de largura e 24 km de profundidade, dentro de uma cadeia montanhosa de mais de 150 km, e que recebeu o apelido justamente por ser um ponto de alto risco de destruição advinda do avanço do aquecimento global.
A “geleira do fim do mundo”, nome dado à Geleira de Thwaites, na Antártida, está sofrendo bem mais efeitos do aquecimento global do que imaginávamos (Imagem: British Antartic Survey/Divulgação)