CPMI das Fake News quer censurar a ‘direita’, diz Fiuza

Segundo o jornalista, a comissão pretende amordaçar as pessoas que têm simpatia pelo presidente Jair Bolsonaro

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News será retomada para censurar a “direita”. É o que disse o jornalista Guilherme Fiuza nesta terça-feira, 18, durante o programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan.

“A intenção é amordaçar as pessoas que manifestam simpatia pelo presidente Jair Bolsonaro”, criticou. “Essa CPMI pretende trazer freios autoritários fantasiados de perseguição às fake news.”

A declaração de Fiuza ocorre na esteira da retomada dos trabalhos da CPMI das Fake News, que ocorrerá em fevereiro. A comissão foi suspensa por quase dois anos em razão da pandemia. De acordo com o colegiado, o objetivo é investigar “a propagação de informações falsas com fins políticos”, com foco no disparo em massa de mensagens durante as eleições de 2018.

“O mesmo modus operandi já vimos por parte do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral”, disse Fiuza. “O objetivo é amordaçar a opinião pública, que se manifesta livremente nas redes sociais.”

Os checadores de ideias

Em reportagem publicada na Revista Oeste, Ana Brambilla escreve sobre as autointituladas agências de checagem de fatos.

“Desde que a expressão ‘pós-verdade’ entrou para o dicionário britânico Oxford, em 2016, o mundo viu renascer a preocupação com um dos fenômenos mais antigos da humanidade: o boato”, explica Brambilla. “Rebatizado de fake news, o conteúdo falso assumiu as vestes do jornalismo, copiou o design das páginas de notícia e cativou leitores mais propensos a aceitar relatos com base em suas emoções do que em fatos — esta é, aliás, a definição de pós-verdade.”

Fonte: Revista Oeste

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