“Se STF liberar, ‘plano da Covid’ estaria pronto em poucas horas”

Presidente Jair Bolsonaro afirmou que não revela detalhes porque “senão vai ser uma polêmica enorme”

Nesta segunda-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre o combate à pandemia de Covid-19 no Brasil e o avanço da variante Ômicron. Entrevista à rádio Viva, do Espírito Santo (ES), Bolsonaro disse que não tem “controle das ações contra a pandemia”, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que ele só pode “enviar recursos a estados e municípios” e explicou que, se o STF restabelecesse a ele o “comando das ações da pandemia”, teria pronto o que seria feito “poucas horas depois”.

Bolsonaro abordou o assunto ao ser questionado sobre como o governo enxergava o momento da pandemia.

“Eu não tenho o controle das ações contra a pandemia. O Supremo Tribunal Federal reservou a mim apenas enviar recursos para estados e municípios, além de material e outras medidas também. E tudo que eu falo sobre a pandemia, a grande mídia distorce completamente”, apontou.

Ele então explicou que seu governo investiu na aquisição de milhões de doses de vacina contra a Covid-19.

“Nosso governo que comprou 400 milhões de doses da vacina. Como ser contra, se eu comprei 400 milhões de doses? O que eu entrei na disputa foi vacinar crianças de 5 a 11 anos”, pontuou.

Bolsonaro também falou que seu plano de combate à Covid estaria pronto em poucas se horas se tivesse o “comando das ações da pandemia” e disse que não revela detalhes dele porque seria uma “polêmica enorme”.

“Se o Supremo restabelecer o comando das ações da pandemia para mim, eu tenho pronto o que faria poucas horas depois. Não falo agora senão vai ser uma polêmica enorme, vai ser crítica muito grande contra a nossa pessoa, mas nós fizemos a coisa certa durante a pandemia. Não faltou dinheiro a estados, não faltou a municípios, não faltou meios, médicos, transportes de doentes, oxigênio. Fizemos toda a nossa parte. Inclusive, somos um exemplo para o mundo no tocando à questão de vacinas”, destacou.

Por fim, ele ainda lembrou que sempre defendeu a “autonomia do médico”.

“Eu não sei por que a reação contra a minha pessoa nessa questão no tocando à pandemia. Uma coisa que ficou polêmica, e cada dia que passo vejo que estava com razão, é que eu sempre defendi a autonomia do médico”, ressaltou.

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