Eleições 2022: Justiça Eleitoral adquire 225 mil novas urnas

A Justiça Eleitoral está em ritmo acelerado para manter tudo organizado de olho nas Eleições 2022. Depois de um minucioso processo de licitação, foram compradas 225 mil novas urnas eletrônicas modelo UE2020. Os componentes estão sendo produzidos em Manaus e a montagem dos equipamentos será efetuada em Ilhéus, na Bahia.

Com essa aquisição, parte do parque de 577.125 urnas será renovado. Uma informação pouco conhecida pela população é que ocorre o armazenamento das urnas fora do período eleitoral e o descarte do equipamento acontece após uma vida útil de dez anos, o que totaliza cerca de seis eleições.

Como são armazenadas as urnas eletrônicas?

A manutenção e o armazenamento de grande parte das urnas eletrônicas é de responsabilidade dos tribunais regionais eleitorais dos 26 estados e do Distrito Federal.

Todas as urnas brasileiras ficam guardadas em mais de 1.100 locais de armazenamento espalhados nos polos, os conhecidos depósitos por estados. E há também os polos descentralizados, situados nos cartórios eleitorais.

Há ainda cerca de 15 mil urnas que ficam guardadas no galpão do edifício sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), devidamente climatizado e com toda a infraestrutura para fazer uma reserva técnica de qualidade. Todas as entradas são monitoradas.

Essas urnas são utilizadas quando há a necessidade de uma substituição ou para atender determinada demanda dos tribunais regionais eleitorais.

Nova urna eletrônica do TSE

Como saber se as urnas estão em um bom funcionamento?

Testes são realizados constantemente para atestar o bom funcionamento das urnas eletrônicas. Elas são ligadas a cada quatro meses e as baterias recarregadas.

Dessa maneira, o trabalho nos depósitos não para, com atividades constantes, inclusive em anos não eleitorais: tudo para manter em segurança das urnas.

E o descarte das urnas, que tipo de procedimento é realizado?

Com uma duração média de dez anos, as urnas eletrônicas são descartadas após esse período e recicladas de maneira ecologicamente correta.

No descarte, uma licitação é aberta para contratação de uma empresa que deve seguir um rigoroso processo de segurança, com protocolos ambientais dentro da legislação do setor.

No desmonte, ocorre a separação dos materiais por tipo, como metal, plástico, placas leves, placas pesadas, borracha, entre outros materiais. Após esse processo, todos os pedaços são moídos ou quebrados em partes pequenas, sendo enviados para reciclagem.

E todo o processo de descarte é auditado no local por servidores do TSE, indo desde o recebimento dos materiais até a verificação dos lacres até a descaracterização.

O percentual mínimo de reciclagem é de 95% e os 5% que restam podem ser aproveitados por cooperativas que utilizam os materiais para produzirem outros produtos, principalmente com o plástico.

O que não é aproveitado é direcionado para aterros sanitários credenciados e as baterias seguem as regras do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Urnas eletrônicas antigas

Números

De 2009 a 2018, foram descartados mais de 6.123 toneladas de equipamentos, arrecadando cerca de R$2 milhões, dinheiro devolvido ao Poder Público.

A substituição das urnas faz parte do processo de modernização eleitoral em respeito à Lei de Licitações e Contratos. Em setembro de 2021, o TSE descartou 83 mil urnas que foram utilizadas de 2006 a 2008.

COMPARTILHAR