Modelo parou de tomar remédios por acreditar que o transtorno era causado por demônios
Nesta quarta-feira (12), Andressa Urach culpou a Igreja Universal pela piora no seu quadro de transtorno de Borderline. Aos prantos, a modelo disse que mergulhou no “fanatismo da religião” e disse que parou de tomar remédios por acreditar que a doença era causada por demônios.
– Tinha tanto medo de pecar contra Deus. Tinha medo de ir ao médico porque, muitas vezes, a gente é orientado [na igreja] que alguns problemas e doenças são demônios. Eu sei que existe o mundo espiritual. Acredito nisso. Mas nem tudo são espíritos. Tem coisa que realmente é o nosso corpo, nosso organismo e nossas células – afirmou Urach em uma live em seu canal no YouTube.
Ela contou que já havia sido resistente ao tratamento médico por muitos anos e que sua mãe e seu marido não aceitavam o transtorno. De acordo com ela, os seis anos que passou na igreja terminaram com uma decepção muito grande.
– Sabe quando algo é sua razão de viver? Essa ruptura, esse mal que aconteceu, quase me levou à loucura. Eu me entreguei demais, e tudo que é demais é ruim na nossa vida. Precisa ter equilíbrio. Eu mergulhei no fanatismo da religião e me excluí do mundo – disse ela, chorando.
Urach também disse que, ao ter seu transtorno atribuído a entidades demoníacas, ela acabou ficando pior, “como se nunca fosse bom o suficiente para alcançar Deus”. Ela criticou a postura dos religiosos e afirmou que “nem Jesus coloca esse fardo sobre a gente”.
– [Eu] Não conversava com mais ninguém a não [com] ser pessoas de dentro da igreja. Não ouvia mais música, não via mais TV, não vivia mais. Minha vida era só Bíblia e ir para a igreja, porque [eu] tinha muito medo de Deus – lembrou.
A ex-participante de A Fazenda disse que não deixou de acreditar que Deus pode curar doenças, mas afirmou que colocar a saúde em risco por causa disso “não é uma fé inteligente”.
– Eu continuo amando Jesus e acredito em milagres, mas nem sempre eles acontecem. Então, não é adequado não tomar medicação. Não é uma fé inteligente colocar a saúde em risco – avaliou.