A filósofa Marcia Tiburi reagiu à chuva de críticas que recebeu após cometer um erro de Português em uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro. A petista disse que será “mais melhor se tiver impeachment de Bolsonaro”.
Em uma série de tuítes publicados nesta terça-feira (28), Tiburi conta que recebeu diversas mensagens que variam desde “uma simples chacota até ameaças de morte, passando por todo tipo de xingamento”.
“Estamos diante de um quadro de “bullying”, um tipo de humilhação com caráter de intimidação psíquica e assédio moral. O bullying é comum nas escolas, mas…”, escreveu.
De acordo com ela, as críticas não vieram de pessoas das ciências humanas, sua área de formação. Ela aponta que, além de médicos contadores, esteticistas ou engenheiros, algo em comum entre os autores das mensagens era o posicionamento de direita e extrema direita.
“Nos perfis que pude ver, ostentavam-se bandeiras do Brasil e a preferência pela direita e pela extrema-direita política. Havia muitos perfis com manifestações de amor à família, a Deus e à Pátria e ódio a Paulo Freire. Não recebi ataques de escritores ou de professores em geral”, disse.
“Evidentemente a aparente “chacota” é na verdade parte da guerra cultural em voga. Daí o seu tom de bullying e assédio moral e psíquico. Se trata de uma arma de humilhação e achincalhamento público que tem efeitos concretos nas redes sociais, desde produzir engajamento até destruir a minha imagem”, continuou a professora, que vive em auto exílio fora do país desde que Bolsonaro foi eleito, em 2018.
Ela também aponta que a extrema-direita tomou a sua imagem como “arma na guerra contra a democracia”. Em sua concepção, o episódio é um ensaio do que vai acontecer na política em 2022.