Lula é um criminoso e isso é inquestionável: A anulação é relativa à competência processual, não ao mérito

Não adianta reclamarmos da decisão do STF ou dizer que é antidemocrática. Não é. Já era prevista e teve base para isso.

Pra começar, vale ressaltar que a anulação é relativa à COMPETÊNCIA PROCESSUAL, não ao mérito. Os casos serão REINICIADOS na Justiça Federal do Distrito Federal.

Lula é um criminoso. Isso é inquestionável. Mas existe a forma LEGAL de se condenar alguém; que não foi respeitada pela “Lava-Jato”.

Moro, Dallagnol e seus colegas não criaram uma força tarefa; mas uma quadrilha judicial, que manipulava sentenças e se mostrou inclusive disposta a fabricar provas, objetivando ascensão profissional dos envolvidos e, mais grave ainda, interferência direta na política.

O plano deles só não deu certo porque menosprezaram Bolsonaro e, quando perceberam a força política do capitão, apesar da intenção declarada de fraudar provas contra ele, não tinham mais tempo.

As provas contra Lula não foram fraudadas, mas as denúncias foram meticulosamente combinadas entre MP e o judiciário. Tendo ciência disso, é IMPOSSÍVEL o STF manter a condenação.

E o pior de tudo: NÓS APLAUDIMOS! Me incluo nessa e me acho um idiota por ter defendido essa trupe. Alçamos o canalha do juiz de Curitiba ao posto de herói, enquanto ele construía seu castelo de areia; a obra faraônica que lhe rendeu fama mas não tinha alicerce.

É por isso que, por mais que me chamem de “passador de pano”, hoje critico qualquer servidor público que use seu cargo para fazer perseguição ideológica ou tentar seus 5 minutos de fama, como o MPRJ faz com o caso do Flávio Bolsonaro. Nem a justiça pode estar acima da lei.

Por mais que achemos lindo, ignorando a moralidade, que em um primeiro momento alguém consiga “dar um jeitinho brasileiro” para tirar nossos adversários da disputa, é uma solução paliativa, temporária; exatamente como foi a “gambiarra jurídica” que permitiu a prisão em segunda instância, na canetada do STF, e desmoronou tempos depois.

Se queremos soluções definitivas, precisamos trilhar o caminho certo, sem atalhos nem heróis de mentirinha. É difícil fazer o correto, mas é inútil fazer o errado. ” O certo é certo, mesmo que ninguém o faça. O errado é errado, mesmo que todos se enganem sobre ele” (CHESTERTON, Gilbert K.)

Por Felipe Fiamenghi

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