Pepe Le Pew é ‘cancelado’ por incentivar a ‘cultura do estupro’

Gambá é conhecido ser galanteador e paquerar pretendentes

O icônico personagem Pepe Le Pew, ou Pepe Le Gambá, que pertence ao Looney Toones, dos estúdios Warner, foi mais um tradicional personagem a ser “cancelado”. Desta vez, o galanteador gambá foi problematizado por supostamente perpetuar a cultura do estupro, ao investir em personagens femininas, muitas vezes roubando beijos ou paquerando as pretendentes.

Como resultado do “cancelamento”, Pepe Le Pew está excluído do filme Space Jam: Um Novo Legado, que traz o jogador de basquete LeBron James com protagonista. O novo live-action é a continuação do clássico Space Jam: O jogo do Século, de 1996, e que tinha como estrela o astro da NBA Michael Jordan.

Segundo o site de cultura pop Deadline, Pepe Le Pew teve uma cena cortada do recente filme em que ele interpreta um barman. Nele, Pepe atende uma bela cliente interpretada pela brasileira Greice Santo. Em dado momento, o malandro gambá começa a paquerar a mulher e beijar seu braço. Irritada com a abordagem, ela se afasta, joga uma bebida em Pepe e dá um tapa no barman. Após a reação da mulher, Pepe é socorrido pelos amigos LeBron e Pernalonga.

COLUNISTA DO NY TIMES CANCELA PEPE LE PEW

O colunista Charles M. Blow deu o que falar nas últimas semanas após abordar, em um artigo para o New York Times, o comportamento abusivo de Pepe Le Pew.

Em seu texto, Blow problematiza também outros personagens. No entanto, Pepe foi alvo de duras críticas por “normalizar a cultura do estupro”. O colunista também rebateu críticas de um blog de direita.

– Eles [direita] estão loucos porque eu disse que Pepe Le Pew acrescentou à cultura do estupro. Vamos ver. Ele agarra/beija uma garota desconhecida repetidamente, sem consentimento, contra sua vontade. Ela luta fortemente para se afastar dele, mas ele não a solta. Ele tranca uma porta para impedi-la de escapar – postou Blow.

O colunista disse ainda que Pepe deu mau exemplo ao público infantil.

– Isso ajudou a ensinar aos meninos que não não significava realmente não, que era parte do “jogo”, a linha de partida de uma luta pelo poder. Ensinou que superar as objeções rígidas, e até físicas, de uma mulher era normal, adorável, engraçado. Eles nem mesmo deram à mulher a habilidade de falar – afirmou.

Deadline

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