Costura política em São Paulo pode resultar na candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, ao governo do Estado
O Partido Liberal (PL) aceitou as exigências de Jair Bolsonaro para se filiar à legenda e não deve apoiar adversários do presidente da República nas eleições 2022. A afirmação é do senador Wellington Fagundes (PL-MT), que demonstrou confiança na entrada do atual chefe do Executivo na agremiação.
“Foi entregue uma ‘carta branca’ ao presidente Valdemar Costa Neto. Mas, pela tradição do presidente Valdemar, pela experiência, com certeza ele não vai tomar posições individuais. Isso vai ser feito com a Executiva Nacional, consultando cada Estado”, disse o parlamentar em entrevista ao UOL nesta sexta-feira, 19.
O principal entrave para a ida de Bolsonaro ao PL é o apoio já firmado da legenda à candidatura do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), ao Palácio dos Bandeirantes em 2022. Garcia é vice de João Doria (PSDB), um dos principais adversários de Bolsonaro.
“Pode ser que o PL tenha, a partir da filiação do presidente Bolsonaro, uma candidatura própria a governador. Cogitou-se e está na possibilidade, inclusive, de o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, ser o candidato do PL em São Paulo”, prosseguiu Fagundes. “Portanto, modifica complemente aquilo que vinha sendo tratado anteriormente e isso é natural na política. Uma evolução de acordo com o momento.”
Apesar do otimismo, o senador do PL do Mato Grosso preferiu não cravar uma data para a possível filiação de Bolsonaro à legenda. “A gente não quer definir uma data porque entendemos que houve uma certa precipitação quando anunciamos a data do dia 22 de novembro”, diz. “Esperamos que seja neste ano ainda.”