Produções apresentam o Diabo como um ser incompreendido
Sabrina Spellman, aparentemente, é uma menina normal: vai à escola, tem amigos, namora um rapaz legal e mora com uma família que a ama. Mas, ao completar 16 anos, ela terá que assumir sua verdadeira identidade: Sabrina é uma bruxa.
O resumo acima é de uma das séries mais aclamadas da Netflix: O Mundo Sombrio de Sabrina. A série estreou em outubro de 2018 e chegou ao fim em sua quarta temporada, lançada em dezembro de 2020. Apesar do tom voltado para o público adolescente, a história trata Satanás como um ser bom e recompensador, enquanto Deus é tratado como uma falsa divindade.
As artes de divulgação da série apresentam figuras como pentagramas e a estátua de Baphomet. Inclusive, um grupo satanista denunciou a Netflix em um tribunal de Nova Iorque pelo uso da estátua.
Além disso, alguns episódios mostram bruxas matando pessoas e até cometendo canibalismo. Algo bem diferente do que era visto em Sabrina, Aprendiz de Feiticeira, série dos anos 90 estrelada por Melissa Joan Hart. Atualmente a atriz é cristã e protagonizou o filme Deus Não Está Morto 2.
A forma como Satanás é apresentado na série é vista com certa preocupação pelo escritor Maurício Zágari. Autor de três livros de ficção, Zágari acredita que um jovem desavisado pode passar a simpatizar com a figura do Diabo e seus valores através desse conteúdo.
– A ficção é poderosa. Não admira que Jesus tenha contado mais de 40 histórias de ficção (as parábolas) para ensinar e influenciar Seus discípulos. O perigo é a pessoa trazer para a vida real os valores da ficção, o que não é raro. Eu ficaria surpreso se a sociedade sem Cristo rejeitasse os valores antibíblicos de tais séries. Se você ama o que o Diabo ama, ou se o considera uma figura alegórica, não verá mal em enxergá-lo como um herói ou um “cara legal”. O que me surpreenderia seria um cristão apreciar tais séries .