André Marinho: “Jovem Pan quis fidelizar público bolsonarista”

Humorista se pronunciou sobre sua saída da emissora

André Marinho se pronunciou por meio de um vídeo publicado nesta quinta-feira (4) acerca de sua saída do programa Pânico e da Jovem Pan. Ele pediu demissão na noite desta quarta-feira (3), após repercussão da participação do presidente Jair Bolsonaro no humorístico na semana passada.

No vídeo de aproximadamente seis minutos, Marinho fez um breve resumo de sua trajetória de dois anos na emissora. Ele afirma ter passado pela transformação “de aluno de Direito em humorista, comunicador e comentarista”.

De acordo com ele, a rádio decidiu fidelizar a audiência bolsonarista e o humorístico ganhou contornos políticos. Como o programa passou a receber cada vez mais convidados simpáticos ao governo, coube a ele decidir ser o contraponto.

“Em 2020, a rádio fez uma decisão mercadológica de fidelizar esse público bolsonarista, propagar as teses simpáticas ao atual governo, estabelecer uma linha editorial que fosse mais adesista, mais governista. E, diante desse quadro, eu tinha duas opções: ou ficava em casa, chupando o dedo, na minha zona de conforto, ou ia ao encontro desse desafio [para] tentar ser uma voz de equilíbrio nesse ambiente”, disse.

Marinho também defendeu que sua atitude foi pelo público e para “honrar a vocação de comunicador”, o que lhe dá “muito orgulho e nenhum arrependimento”. O humorista citou o Emílio Surita, âncora da atração, a quem ele chamou de mestre da comunicação, e agradeceu aos demais colegas.

“Sou muito grato ao Emílio Surita, demais membros do Pânico e toda direção da empresa por terem me proporcionado essa oportunidade que representou um inestimável crescimento pessoal e profissional”, declarou o comediante.

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