Bolsonaro critica votos contra a PEC dos Precatórios: ‘Maldade’

Presidente afirmou que deputados de esquerda “votaram contra os pobres, por birra”

Em conversa com apoiadores nesta quinta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a aprovação em primeiro turno da PEC dos Precatórios e criticou quem votou contra a medida. Para ele, os 144 deputados que se posicionaram contra o texto “votaram contra os pobres, por birra”.

A PEC foi aprovada na madrugada desta quinta por 312 a 144 votos, com apenas 4 a mais do que o mínimo necessário para passar, 308 votos. O texto ainda precisará passar por um segundo turno de votação e pela análise dos destaques antes de seguir para o Senado, o que deve ocorrer na semana que vem.

Ao falar sobre votos contrários, Bolsonaro disse que os partidos de esquerda cometem uma “maldade”. “Ontem, mais de 100 deputados votaram contra os pobres, por birra, por ser eu o presidente. Não querem atender aos pobres. Nunca vi isso. Partido de esquerda é comum, né? Votam contra a gente, mas votar nessa questão também é [uma] maldade muito grande”, apontou.

A PEC dos Precatórios deve abrir um espaço de R$ 91,6 bilhões no Orçamento de 2022 para o pagamento do Auxílio Brasil e outros gastos, às vésperas da eleição presidencial. A ideia do texto é limitar o valor máximo que governo precisará pagar de precatórios, que são dívidas estabelecidas após derrotas na Justiça. No total, o limite será de R$ 39,9 bilhões, em vez de R$ 89 bilhões.

Bolsonaro falou sobre o valor e disse que o governo busca uma solução para esses pagamentos. “Estamos tentando, então, com parlamento. Se bem que alguns do Supremo estão tentando ajudar também [a] parcelar essa dívida enorme, pagar uns R$ 30 bi ano que vem e parcelar mais R$ 60 bi para o futuro. Se não, não temos como pagar”, ressaltou.

O presidente também lamentou o volume de precatórios com o qual seu governo tem que lidar. “Precatórios são dívidas de 20, 30 anos atrás. O Supremo [Tribunal Federal] colocou tudo no meu colo para pagar tudo de uma vez só. Entra para dentro do teto R$ 90 bilhões. Simplesmente não tem como trabalhar ano que vem. Zera muito ministério”, destacou.

COMPARTILHAR