Bolsonaro presta depoimento à PF em inquérito de interferência

Presidente é acusado por Sergio Moro de tentar interferir no comando da PF

O presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal (PF), na noite desta quarta-feira (3), no inquérito que apura se houve interferência política do Planalto no comando da corporação. O chefe do Executivo havia solicitado que seu depoimento fosse de forma presencial.

No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu à PF um prazo de 30 dias para que o depoimento do presidente ocorresse.

Instaurado em abril de 2020, o inquérito veio na esteira da demissão do ex-ministro Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de tentar interferir no comando da PF. Na ocasião, o presidente havia demitido o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, escolhido a dedo por Moro.

Bolsonaro tentou nomear Alexandre Ramagem como diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), mas foi barrado por decisão de Alexandre de Moraes, que suspendeu a indicação.

À Polícia Federal, Bolsonaro respondeu a todas as perguntas e negou qualquer ingerência na PF.

Desde a abertura do inquérito, a PF já ouviu Moro, Valeixo, Ramagem, deputados governistas e ministros do Palácio.

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