Com sete episódios, série documental trata do fenômeno comercial que é também uma ferramenta política muito poderosa
A produtora de vídeos e documentários Brasil Paralelo lançou, no dia 25 de outubro, uma série documental que retrata o poder e a influência do cinema sobre a sociedade ao longo do último século. A Sétima Arte, dirigida por Lucas Ferrugem, tem sete episódios e mostra como o cinema contemporâneo reproduz um padrão narrativo mais progressista, abraçado por diferentes estúdios e franquias.
A série traz depoimentos de cineastas, professores, especialistas e executivos da indústria cinematográfica e ainda apresenta uma tese inédita no Brasil — chamada de “teoria do parasita pós-moderno”, que aborda o processo de transformação de grandes histórias e personagens icônicos ao longo do tempo.
No episódio de abertura de A Sétima Arte, o espectador descobre como uma arte relativamente recente na história, de pouco mais de 100 anos, já conseguiu exercer tamanho impacto sobre as pessoas. O segundo episódio trata do cinema como fenômeno comercial e ferramenta política muito poderosa — determinante, por exemplo, para a consolidação dos regimes comunista, nazista e fascista, por meio da manipulação das massas.
A tese da influência progressista no cinema é apresentada a partir do episódio 3, com dados de um estudo inédito sobre o tema. Nos quatro últimos episódios da série, quatro grandes obras do cinema são dissecadas por analistas sob diferentes pontos de vista. São elas: O Poderoso Chefão, A Felicidade Não se Compra, Star Wars e O Senhor dos Anéis.
O roteiro da série é assinado pelo próprio diretor, Lucas Ferrugem, além de Juan Montaño e Mauricio Perez. Edição e montagem ficaram a cargo de Asaph Hiroto e José Otávio Gaó.
Nova fase
Como noticiado no fim de setembro, a Brasil Paralelo deu o pontapé inicial em uma nova fase de sua história. A empresa anunciou o lançamento de novas plataformas, em um projeto ambicioso que pretende oferecer maior variedade de conteúdos e diversificar o público.
Entre as principais novidades do “novo ciclo” anunciado pela produtora, estão um cardápio de streaming de filmes, programas infantis e uma grade diária de programação. Além disso, a Brasil Paralelo também lança um aplicativo de TV e um novo site na internet.
Segundo a companhia, a experiência de assistir a um filme, que deveria ser “prazerosa e educativa”, tem se tornado “frustrante” com os atuais serviços de streaming disponíveis, pois “se perde muito tempo procurando ao que assistir”.
Com o slogan “Aperte o play sem medo”, a Brasil Paralelo promete ser “a primeira plataforma a oferecer somente conteúdos a que realmente valem a pena serem assistidos”. Para cumprir a promessa, a empresa fechou um contrato com a Sony Pictures e outros estúdios.