O repórter João Renato Jácome foi exonerado pelo prefeito de capital do Acre, Tião Bocalom (PP), posteriormente indagar o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, em entrevista coletiva na última quarta-feira (24), acerca da decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de anular a quebra de sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro – filho mais velho do Chefe de Estado. O mandatário se irritou com o questionamento e acabou com a entrevista com os jornalistas.
O jornalista era chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no entanto, no ensejo da coletiva, encontrava-se prestando serviço ao jornal O Estado de São Paulo e ao site local Notícias da Hora. João afirmou ter sido “pego de surpresa”.
“Fui pego de surpresa. Eu fiz o trabalho no meu dia de folga. Não fiz uma pergunta ofensiva ao presidente. Acho que ele pode ter entendido errado. Não tive a intenção de constrangê-lo. Minha família está abalada. Recebi mensagens pelas redes sociais de que eu devia morrer, de que devia levar porrada, de que eu era comunista e um desgraçado. Minha vida ficou de cabeça pra baixo”, afirmou ao site Congresso em Foco.