Diante das frequentes críticas que tem recebido relativas à ineficácia do combate à Covid-19, em São Paulo, o governador do estado, João Doria (PSDB), se meteu em outra polêmica e resolveu “jogar a culpa” para o Ministério da Saúde que, segundo ele, teria desabilitado 3.258 leitos de UTI em plena pandemia.
A pasta não ficou calada e rebateu a acusação sem fundamento do gestor estadual, esclarecendo que Doria estaria mentindo ou falando sobre o tema sem ter total conhecimento do assunto.
Em comunicado, o Ministério da Saúde comprovou por meio de portaria no Diário Oficial da União (DOU), que São Paulo recebeu mais de R$ 126 milhões para enfrentar a pandemia, sendo que 22% do valor seria destinado às UTIs.
“A fim de concluir os repasses aos Estados e ao Distrito Federal, o Ministério da Saúde publicou em DOU a portaria nº 3.896, de 30 de dezembro de 2020, que transferiu R$ 864.000.000,00 (oitocentos e sessenta e quatro milhões de reais), para continuar o enfrentamento das demandas assistenciais geradas pela emergência de saúde pública de importância internacional causada pelo novo Coronavírus, sendo R$ 126.522.037,23 destinados ao Estado de São Paulo, dos quais 22,35% (R$ 27.834.843,14) eram destinados a leitos de UTI previstos no Plano de Contingência Estadual”, explicou.
E completou:
“Desta forma, o governador do Estado de São Paulo mente ou tem total desconhecimento do ato”.
O MS afirmou que o valor repassado ao Governo de SP poderia manter 580 leitos por, aproximadamente, 30 dias ou até “1.160 leitos com diária preconizada do SUS de R$ 800”.
O Ministério aproveitou a nota para esclarecer que destinou R$ 22,5 bilhões para a aquisição de vacinas, das quais 8.900.000 doses já foram aprovadas. São Paulo recebeu 2.074.548 delas (22,6% do total).