Monique Emer respondia à sindicância por ameaçar a vice-prefeita eleita em Caxias do Sul nas eleições de 2020
A professora Monique Varella Emer, que ficou conhecida nas redes sociais no fim de 2020 após desejar a morte de pessoas de direita, incluindo crianças e idosos, foi oficialmente demitida pela Prefeitura de Caxias do Sul (RS). A saída de Monique foi oficializada em uma publicação no Diário Oficial da cidade nesta quarta-feira (20).
Monique respondia a uma sindicância por publicar uma ameaça nas redes sociais contra a vice-prefeita Paula Ioris (PSDB), após a eleição municipal de 2020. No dia 30 de novembro, postagens da servidora foram expostas nas redes e mostravam um discurso de ódio contra Paula, com frases como “o lugar dela é no paredão”.
A professora chegou a ser afastada das atividades por 90 dias, sendo alvo, neste período, da sindicância por sua conduta. No entanto, após o prazo máximo expirar, ela foi reintegrada às atividades. Desde março deste ano, ela exercia função administrativa dentro da Secretaria Municipal de Educação.
De acordo com a Procuradoria Geral do Município de Caxias do Sul, a servidora ainda pode recorrer da decisão na via administrativa, com um pedido de reconsideração ou um recurso extraordinário ao superior hierárquico, no caso o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB).
SERVIDORA JÁ HAVIA PEDIDO MORTE DE IDOSOS E DE CRIANÇAS DE DIREITA
Em uma postagem no Facebook no ano passado, Monique, revoltada com a derrota do candidato petista Pepe Vargas na disputa à Prefeitura de Caxias, falou em “canalizar a revolta incendiária de estudantes” e chamou os moradores da cidade de “gente burra, grosseira e tacanha”.
Em um áudio divulgado nas redes, Monique também dizia que “quanto mais” pessoas de direita morressem, melhor seria. A professora ainda declarava vontade de fuzilar simpatizantes da direita e pedia a morte de todas as pessoas que se manifestavam em favor do espectro político, incluindo idosos e crianças.
“Da direita, quanto mais morrerem de Covid-19, de tudo, Aids, câncer fulminante, pra mim, melhor é. Já que a gente não pode fuzilar, então que vão na praça fazer bandeiraço (sic) e, se Deus quiser, morram tudo de Covid. Adultos, mulheres, idosos e crianças, não vale um, não se salva um”, afirmou ela, na ocasião.
Na publicação do Facebook, Monique ainda dizia que criava os filhos, que segundo ela tinham menos de 4 anos na ocasião, em meio “a palestras, manifestações, greves, sindicatos e partidos políticos” e diz que eles brincavam “na sala à sombra de uma bandeira comunista na parede”.