Parece que os senadores da CPI da Pandemia ainda não se deram conta do quanto estão desmoralizados perante a sociedade.
E, pelo visto, imaginam que possuem poder para punir quem bem entendam.
Nesse sentido, querem punir uma magistrada que simplesmente exerceu sua liberdade de expressão na condução de uma audiência judicial.
A juíza Elizabeth Machado Louro, numa audiência do caso Henry Borel, para conter a animosidade entre o promotor e a advogada de um dos réus, utilizou a malfadada CPI para explicar o que não poderia acontecer no plenário do fórum:
“Aqui não é CPI. Aqui, a gente está para ouvir a testemunha. Isso aqui não vai virar circo!”.
Pronto! Isso despertou a ira de Randolfe.
Em suas redes sociais, ele diz que a magistrada “terá que se explicar sobre as falas” a respeito da comissão.
“A senhora magistrada, procure começar a trabalhar, a cumprir o serviço. Tem muito grupo miliciano lá no Rio de Janeiro para ela apurar crimes e colocar na cadeia, ao invés de fazer de suas sessões o verdadeiro circo […] Eu queria requerer à vossa excelência que a direção dessa CPI solicitasse informações à Corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, à Corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e ao Conselho Nacional de Justiça”.
O pedido foi acatado por Omar Aziz, que disse que o colegiado vai acompanhar a solicitação.
Não satisfeito, Randolfe então apontou que o posicionamento da magistrada é um “ato orquestrado”.