PF defende que TSE transfira a segurança das urnas para a Abin

Documento foi apresentado no Senado

Na última segunda-feira (27), o diretor-chefe da Polícia Federal (PF), Paulo Maiurino, participou de uma sessão virtual no Senado após a entrega de um documento com uma série de recomendações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma delas era que a Corte transfira a responsabilidade de garantir a segurança na transmissão dos votos registrados nas urnas eletrônicas para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O relatório foi entregue ao Senado no dia 22 de setembro, mas é datado de 3 de outubro de 2018, antes mesmo da votação para primeiro turno das eleições que elegeram o presidente Jair Bolsonaro.

Maiurino foi representado pelo delegado Luís Flávio Zampronha, que destacou que o documento é meramente opinativo, mas chamou atenção para o fato de que o TSE não informou se alguma das recomendações foi atendida.

“Este foi o último relatório elaborado pela PF em relação às análises dos códigos-fontes dos sistemas eleitorais do TSE. Não recebemos o feedback do TSE sobre quais recomendações foram atendidas”, disse ele.

Durante a sessão, o juiz federal auxiliar do TSE, Sandro Nunes Vieira, sustentou que, embora o órgão Tribunal use os serviços de uma empresa terceirizada, o corpo técnico do tribunal participa de toda a coordenação, inteligência, desenvolvimento, teste e aprovação do processo. Sobre a mudança na segurança, o juiz afirmou que “o protagonismo é do TSE”.

Apesar de a assinatura dos peritos ser de 2018, no topo das páginas do relatório a data marcada é 31 de dezembro de 2019.

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