Para o comentarista, fracasso dos atos mostra que a terceira via já “nasce morta”
A baixa adesão às manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro foi repercutida à exaustão nas redes sociais e também na edição do Morning Show, da Jovem Pan, desta segunda-feira (13). Ao ser questionado sobre quais seriam os erros do MBL, grupo organizador dos atos, o comentarista Adrilles Jorge disse se tratar da insistência com a chamada terceira via.
“É uma manifestação nem Lula, nem Bolsonaro, nem povo e nem eleitor. Gira em torno da natimorta terceira via. Os atos deixaram bem claro que não há a mais remota possibilidade de haver a terceira via”, iniciou o jornalista.
Adrilles acredita que o PT se afastou dessas manifestações porque Lula precisa da figura do Bolsonaro para ter chance eleitoral no ano que vem.
“Quem fala ao povo são dois personagens populares, sem entrar no mérito das personalidades deles, Lula e Bolsonaro. O Bolsonaro teve aquele espetacular sucesso no 7 de setembro porque a classe média com uma certa consciência de informação se aglutina em torno de seu nome e de pautas sobre liberdade que estão sendo solapadas pelo STF. O Lula tem uma tradição do passado de bolsa família, de auxilio aos pobres etc. E tem a esquerda delirante que se avizinha dele, ou seja, são um terço pra cá, um terço pra lá, e outro terço mais calmo”, analisou.
O comentarista reitera que a terceira via já está fadada ao fracasso e que o MBL encontra-se em um “limbo” no qual é desprezado tanto pela esquerda quanto pela direita.
‘As penúltimas manifestações da esquerda aglutinaram pessoas porque eram pessoas da esquerda. Não se enganem. Não tinha ninguém da terceira via lá. A esquerda despreza essa “direita liberal limpinha” tão bem personificada pelo MBL […] O MBL é odiado à direita e à esquerda, e ninguém o quer. Só ele acha que o ego dele pode arregimentar algum tipo de multidão”, concluiu.