Lira faz pronunciamento sobre manifestações históricas de 7 de setembro

Presidente da Câmara fez pronunciamento nesta quarta-feira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez um pronunciamento nesta quarta-feira (8), um dia após as grandes manifestações a favor do governo Jair Bolsonaro. Em discurso equilibrado, Lira mostrou os posicionamentos da Câmara e destacou a limitação dos Poderes.

“Os Poderes têm delimitações, o tal quadrado, que deve circunscrever seu raio de atuação. Isso define respeito e harmonia. Não posso admitir questionamentos sobre decisões tomadas e superadas, como a do voto impresso. Uma vez definida, vira-se a página. Assim como também vou seguir defendendo o direito dos parlamentares à livre expressão – e a nossa prerrogativa de puni-los internamente se a Casa, com sua soberania e independência, entender que cruzaram a linha”.

Em seguida, o presidente da Câmara defendeu o fim da crise institucional.

“Conversarei com todos e com todos os Poderes. É hora de dar um basta a esta escalada, em um infinito looping negativo. Bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade”.

Sem citar o massivo apoio recebido por Bolsonaro nesta terça, Lira parabenizou as manifestações.

“Em tempo, quero aqui enaltecer a todos os brasileiros que foram às ruas de modo pacífico. Uma democracia vibrante se faz assim: com participação popular e liberdade e respeito à opinião do outro”.

Por fim, o deputado declarou que a Câmara se propõe a “pacificar” a crise entre o Judiciário e o Executivo federal.

“[…] Para que hoje a gente possa se colocar como uma ponte de pacificação entre Judiciário e Executivo, a Câmara dos Deputados está aberta a conversas e negociações para serenarmos, para que todos possamos nos voltar ao Brasil real. A Câmara dos Deputados apresenta-se hoje como um motor de pacificação. Na discórdia, todos perdem, mas o Brasil e a nossa história têm ainda mais o que perder”.

E prosseguiu:

“Por fim, vale lembrar que temos a nossa Constituição, que jamais será rasgada. O único compromisso inadiável e inquestionável que temos em nosso calendário está marcado para 3 de outubro de 2022, com as urnas eletrônicas. São nas cabines eleitorais, com sigilo e segurança, que o povo expressa sua soberania”.

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