Em Cuiabá (MT), uma professora do ensino infantil foi afastada por três dias após criticar o presidente Jair Bolsonaro e os apoiadores dele, dentro da sala de aula, nesta terça-feira (31). Os comentários, que foram gravados em áudio e compartilhados em grupos de mensagens, deixaram os pais de alguns alunos revoltados.
O caso aconteceu em um colégio particular da cidade. A educadora dá aula para o 3º ano do Ensino Fundamental, que tem crianças com idades entre 7 e 9 anos.
Em aula, a professora disse que o chefe do Executivo tem apoiado crimes ambientais e não tem colaborado para a evolução do Brasil. As informações são do portal G1.
“Ele é a favor do desmatamento. Ele é a favor que os garimpeiros façam destruição dentro das terras indígenas. Além da destruição da natureza, está prejudicando o povo indígena. Os garimpeiros e o presidente da república são a favor disso. Temos que começar a pensar o que queremos para o nosso Brasil”, falou.
Ela também fez comentários a respeito do voto impresso auditável, que foi defendido pelo presidente.
“Votamos com a urna eletrônica, então não tem como você ‘roubar’. Tem como ‘roubar’ se for no papelzinho, e ele [presidente] quer que volte a votação pelo papelzinho, que é para facilitar para ele fazer o que quiser”, declarou a professora.
A docente também teria dito que os apoiadores de Bolsonaro são corruptos.
“Ele tem as pessoas que o acompanham, igual a torcedor de futebol que torce pelo time. Ele tem a torcida dele, mas se formos avaliar esses seguidores, são pessoas corruptas também, que fazem coisas fora da lei. São pessoas atraídas por ele, por causa do pensamento dele, pelas coisas que ele fala e faz, sempre contra a prosperidade do país”.
O Colégio Notre Dame de Lourdes emitiu nota sobre o caso e disse que os comentários de caráter político-partidário feitos pela professora em sala infringe o artigo do código de ética assinado pelos funcionários da instituição. Por isso, a profissional foi suspensa.
“A direção do Notre Dame de Lourdes reafirma que não apoia tal conduta e que a opinião expressada não reflete a posição da instituição”, destacou o comunicado.