Fachin dá 48h para PF ‘explicar’ inquérito de vazamentos da CPI

PF decidiu abrir procedimento para apurar supostos vazamentos de dados enviados à CPI da Covid

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 48 horas para a Polícia Federal (PF) “explicar” a abertura de um inquérito que apura um vazamento de documentos sigilosos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

O inquérito foi aberto no dia 4 e tem por objetivo apurar um vazamento de depoimentos sigilosos enviados pelo órgão à CPI. O material está ligado a duas investigações da PF acerca do caso Covaxin e da acusação de uma suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta quinta-feira (12), o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), acionou o STF e solicitou a suspensão do inquérito. O pedido foi assinado ainda pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), vice-presidente e relator da CPI.

Para os parlamentares, a PF teria cometido um abuso de autoridade por ter sugerido, em nota, que os vazamentos teriam partido dos membros da comissão. Além disso, eles apontaram que o inquérito deveria estar sob supervisão do STF.

Fachin concordou com os senadores e apontou que “a partir dos elementos fáticos trazidos aos autos, seria muito difícil imaginar que a investigação noticiada no eDOC 2 [o inquérito sobre os vazamentos] poderia não envolver um Senador da República”.

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