Falsa empresária foi indiciada por aplicar golpe e desviar mais de R$ 10 milhões em vítimas de Belém, Benevides, Altamira, Porto de Moz e Brasília
A Polícia Civil, por meio da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção e Diretoria de Polícia do Interior, prendeu na manhã desta quarta-feira, no Distrito Federal, uma das maiores estelionatárias do Estado, durante a Operação “Litania”. A ação foi deflagrada para dar cumprimento a mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra uma falsa empresária e sócios-proprietários que utilizavam uma empresa de fachada como instituição financeira para aplicar golpes.
A operação transcorreu de forma simultânea nas cidades de Belém, Benevides, Altamira, Porto de Moz e Brasília, no Distrito Federal. As buscas iniciaram por volta de 6h e ocorrem nas residências dos investigados, bem como em empresas possivelmente ligadas aos suspeitos.
“Na ação, obtivemos êxito na localização e prisão da falsa empresária que estava no Distrito Federal. Ela é investigada por ter desviado mais de R$10 milhões de reais de clientes em Belém, Altamira, Porto de Moz e no Estado de São Paulo. Identificamos que ela promoveu a compra e venda de vários imóveis de empresários da capital. Além disso, também cometeu o crime de estelionato e falsificação de documento público”, informou o diretor da DECOR, delegado Almir Alves.
Durante o trabalho investigativo foi constatado que todo o valor movimentado no esquema fraudulento foi destinado às contas da estelionatária por meio de falsos credores. As apurações também apontaram que o crime foi baseado na promessa de uma herança bilionária, em que a suspeita afirmava ter ganhado uma indenização no valor de R$ 42 bilhões, sem revelar o número do processo, sua natureza ou sequer a suposta sentença, alegando que tramitava em segredo na Justiça Federal, e assim aplicava o golpe.
A indiciada é investigada pelos crimes de fraudes contra a economia popular, estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Nas buscas foram apreendidos aparelhos celulares, documentos e dispositivos de armazenamento. Todo o material será periciado e passa a compor o inquérito policial instaurado pela Polícia Civil.