Deputada do PSOL defende incendiário de Borba Gato

“Galo foi preso pelo ato contra a estátua de um escravocrata”, protestou Talíria Petrone

Nesta quarta-feira (28), a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) usou as redes sociais para defender o autor do incêndio na estátua de Borba Gato, Paulo Roberto da Silva Lima, que também é conhecido como “Galo”. A parlamentar protestou contra a prisão temporária de Galo e da esposa dele.

“Galo foi preso pelo ato contra a estátua de um escravocrata. Sua mulher, Gessica, também foi presa e nem estava presente na hora. Seletividade da justiça que chama quando uma estátua causa mais comoção do que qualquer outra coisa. #LiberdadeParaPauloGaloeGessica Aparentemente, no Brasil pode queimar o Cerrado, a Floresta Amazônica, pessoas em situação de rua, indígenas e mulheres trans. Mas estátua que homenageia genocida e escravocrata não. Homenagem essa que nem deveria existir! #LiberdadeParaGaloEGéssica #LiberdadeParaBiu”.

O autor do incêndio na estátua de Borba Gato, na Zona Sul da capital paulista, apresentou-se à Polícia Civil para prestar depoimento nesta quarta-feira (28). Galo é entregador de aplicativo e líder do grupo conhecido como Entregadores Antifacistas.

Paulo alegou que o objetivo do ato de vandalismo era abrir um debate sobre o monumento a um “genocida e abusador de mulheres”.

“O ato foi para abrir um debate. Em nenhum momento, foi feito para machucar alguém ou querer causar pânico. Que as pessoas agora decidam se querem ter uma estátua de três metros de altura que homenageia um genocida e um abusador de mulheres”.

A Justiça decretou a prisão temporária dele, bem como a de sua esposa. A defesa, no entanto, alega que a mulher de Galo não estava presente no dia do incêndio e que o casal tem uma filha de 3 anos. O advogado Jacob Filho informou que pedirá a conversão da prisão temporária da mulher em domiciliar, por causa da criança.

No último sábado (24), um grupo da esquerda ateou fogo na escultura de Borba Gato, no bairro de Santo Amaro, na Zona Sul da capital paulista. Durante o ato, os envolvidos alegaram que o bandeirante representa a escravidão de negros e indígenas no Brasil. A estátua já foi alvo de diversos atos de vandalismo nos últimos anos.

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