A deputada federal Gleisi Hoffmann, do Partido dos Trabalhadores, afirmou em suas redes sociais que a oposição está conversando para definir a melhor maneira de convocar o ministro da Defesa, General Braga Netto, para prestar esclarecimentos acerca de suas supostas declarações enviadas ao presidente da Câmara, Arthur Lira, noticiado pelo jornal Estadão nesta quinta-feira (22).
De acordo com o veículo de comunicação mencionado, o general teria enviado uma carta a Arthur Lira sobre o voto impresso, afirmando que caso a iniciativa não seja aprovada, as eleições do ano que vem podem ser comprometidas. O militar, por sua vez, negou a matéria do jornal.
A parlamentar petista afirmou que o STF deverá ser acionado no caso.
“Partidos de oposição discutem, além da convocação de Braga Netto para prestar contas ao Congresso, também interpela-lo junto ao STF para que negue, confirme e esclareça ameaças e arroubos autoritários às eleições de 2022. Sem meia Vilas Boas”, escreveu ela.
Partidos de oposição discutem, além da convocação de Braga Netto para prestar contas ao Congresso, também interpela-lo junto ao STF para que negue, confirme e esclareça ameaças e arroubos autoritários às eleições de 2022. Sem meia Vilas Boas
O ministro da Defesa, General Braga Netto se manifestou publicamente “desmentindo” a reportagem publicada no jornal O Estado de São Paulo, que afirma que ele teria encaminhado um recado dos chefes das Forças Armadas ao presidente da câmara, deputado federal Arthur Lira, que não admitiriam a realização das eleições de 2022, sem a garantia do voto impresso auditável.
“Hoje, foi publicada uma reportagem na imprensa, que atribui a mim mensagens tentando criar uma narrativa sobre ameaças feitas por interlocutores a presidente de outro poder. O ministro da Defesa não se comunica com os presidentes dos poderes por meio de interlocutores. Trata-se de mais uma desinformação que gera instabilidade entre os poderes da República e um momento que exige a união nacional. O Ministério da Defesa reitera que as Forças Armadas atuam e sempre atuarão dentro dos limites previstos na Constituição”.