Medida valeria para jogos do Brasileirão e da Copa do Brasil; tendência é limitar ocupação a 30%
Diante de uma queda consistente do número de casos e mortes por covid-19 no Brasil e com a retomada gradual das atividades, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estuda a possibilidade de liberação da presença dos torcedores nos estádios a partir de setembro. A avaliação é do coordenador da Comissão Médica da entidade, Jorge Pagura.
“Na CBF, não fazemos nada a ‘toque de caixa’. Setembro parece uma data mais viável. Se a situação piorar ou melhorar, essa estimativa pode mudar”, afirmou Pagura em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Ele criticou a decisão da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) de já autorizar a presença de público nos estádios a partir das oitavas de final da Copa Libertadores da América (para os jogos no Brasil, a medida está condicionada ao aval das autoridades de cada Estado). “Eles [dirigentes da Conmebol] procuraram o departamento médico da CBF e não concordamos com a presença de público na Copa América. Depois, vimos o que aconteceu”, disse Pagura.
O chefe da Comissão Médica da CBF afirma ainda que o plano da entidade é se reunir com os clubes antes de tomar qualquer decisão. “Estamos trabalhando internamente, mas, claro, depois vamos ouvir clubes, federações e as autoridades sanitárias. Um grupo nosso estabeleceu uma ‘cesta’ com vários dados, incluindo índices de mortalidade, contaminação, transmissibilidade e imunidade”, afirmou.
A possível volta do público aos estádios valeria para os campeonatos organizados pela CBF, como o Brasileirão e a Copa do Brasil. A tendência é que seja definido um limite máximo de capacidade, provavelmente de 30% em um primeiro momento.