Federação Médica pede que venezuelanos recusem vacina cubana em teste

“É um produto biológico experimental”, destacou comunicado

A Federação Médica da Venezuela pediu, na última quarta-feira (30), que a população recuse a vacina cubana Abdala, destacando que se trata de um “produto biológico experimental”. O alerta surgiu após o governo venezuelano informar sobre a chegada de um número não especificado de doses do imunizante.

– Abdala não é uma vacina. É um produto biológico experimental que não foi autorizado pelo Centro de Controle de Medicamentos de Cuba ou pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) – disse o presidente do sindicato de médicos, Douglas León Natera, citado em um comunicado de imprensa.

Natera destacou que “muito pouco” se sabe sobre a vacina desenvolvida por Cuba contra a Covid-19, razão pela qual recomendou à população que “não injete esse produto”.

– Os cidadãos venezuelanos não são cobaias e a Federação Médica alerta à população para que não injete essa suposta vacina, que não é uma vacina – reforçou.

Para o médico, o anúncio da chegada da vacina em teste “é mais um assunto do governo venezuelano com o governo castrista-comunista”.

Segundo Natera, o Executivo venezuelano “pretende impor um controle político-social” e não “se importa em brincar com a vida dos venezuelanos”.

O anúncio da chegada de Abdala à Venezuela, que na última fase de testes clínicos mostrou uma eficácia de 92,2%, preocupa o sindicato dos médicos, que argumenta principalmente que ainda não pode ser considerada uma vacina por não ter autorização da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O governo venezuelano assinou, em junho, um contrato com Cuba para adquirir 12 milhões de doses da Abdala que, segundo informou, chegarão ao país nos próximos meses.

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