Conselheiro da corte ressalta falta de transparência e dificuldade na obtenção de documentos da CoronaVac
A parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac será investigada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). É o que informou a presidente da corte, conselheira Cristiana de Castro Moraes.
“O contrato já foi requerido”, declarou ela, durante sessão com colegas, na quarta-feira 23, ao mencionar dificuldades para a obtenção do documento que trata da CoronaVac.
“Pretendo criar um processo específico e fazer uma distribuição aleatória da papelada”, disse Moraes. A decisão ocorreu no mesmo dia em que as contas do governo João Doria (PSDB-SP) foram aprovadas pelo tribunal, com ressalvas.
Em relatório elaborado pelo conselheiro do TCE-SP Dimas Ramalho, o Instituto Butantan é elogiado pelos esforços em prol do imunizante chinês, mas criticado por falta de transparência no fornecimento de informações ao tribunal sobre a vacina.
“Depois de reiteradas notificações, o Butantan alegou que, em virtude das cláusulas de sigilo e confidencialidade que envolvem a referida contratação, o instituto estaria em tratativas com a empresa Sinovac com a finalidade de obter autorização por meio de ‘Termo de Transferência de Confidencialidade’”, observou Ramalho, em parecer.
Com a abertura de um processo, haverá manifestação obrigatória dos órgãos técnicos.