Também serão analisadas todas as ‘causas profundas das tensões’, como discriminação étnica e religiosa; Netanyahu criticou a decisão e disse que não irá cooperar com a entidade
O Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira, 28, a realização de uma investigação internacional sobre supostos crimes de guerra cometidos durante o recente conflito entre Israel e a Faixa de Gaza. A resolução também determina que sejam analisadas todas as “causas profundas das tensões recorrentes”, como “discriminação” e “repreensão sistemática” baseadas na “identidade nacional, étnica, racial ou religiosa”. A medida recebeu 24 votos a favor, 9 contra e 14 abstenções, incluindo a do Brasil.
O movimento terrorista islâmico palestino Hamas afirmou que suas ações se configuram como uma “resistência legítima” e pediu que sejam tomados “passos imediatos para punir” Israel. Já o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu criticou a decisão, dizendo que a entidade abranda “uma organização terrorista genocida”, e afirmou que não irá cooperar com a investigação. “A vergonhosa decisão de hoje é mais um exemplo da evidente obsessão anti-Israel do Conselho de Direitos Humanos da ONU”, completou. Entre os dias 10 e 21 de maio, os bombardeios causaram a morte de 12 israelenses e 254 palestinos, entre os quais 67 eram crianças.