Senador Marcos Rogério aponta plano de Randolfe Rodrigues ao convocar Bolsonaro em CPI e mostra como narrativa ‘caiu por terra’

Os senadores Marcos Rogério e Jorginho Mello, durante uma entrevista coletiva concedida à imprensa, falaram acerca da discussão na sessão secreta feita pelos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid.

De acordo com Jorginho, os integrantes da CPI teriam entrado em um acordo para convidar especialistas pró e contra o tratamento da doença. Além disso, com relação aos governadores, teriam acertado uma “linha de corte”, convidando somente os governadores que já foram alvo de operações da PF.

Marcos Rogério, por sua vez, disse que ocorreu “um passo adiante”, contendo a seletividade que vinha sendo observada na CPI, que focava apenas no governo federal e ignorava os desvios de recursos enviados pela União.

O parlamentar assestou: “Até então, havia esse foco total na CPI. Havia manifestações de senadores da oposição dizendo que a CPI não chegaria a estados e municípios. Hoje, essa narrativa caiu por terra. O critério são as operações da Polícia Federal. Tivemos 51 operações da PF até outubro do ano passado em pelo menos 18 estados diferentes”.

Neste contexto, o senador comentou sobre o possível o plano de Randolfe Rodrigues ao apresentar solicitação para convocar o presidente Jair Bolsonaro para a Comissão.

“Essa tentativa do senador foi uma tentativa de blindagem dos governadores. O argumento dele na CPI foi para proteger os governadores. Ele não queria a convocação dos governadores e disse: ‘Se é para convocar os governadores, vamos convocar o presidente’. Com relação ao presidente, é possível apresentar pedido de processo de impedimento. Em CPI, isso não é possível. Seria uma violação gravíssima à separação de poderes. Uma ofensa grave ocorre quando alguém ousa requerer a presença do presidente da República no âmbito de uma CPI. Há outros instrumentos”, disse o senador.

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