‘É tudo muito nebuloso nesse Consórcio Nordeste, a cada 10 pessoas que eu falo nas ruas, 9 falam sobre isso’, garante o senador
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) afirmou que o Consórcio Nordeste é hoje “o símbolo da corrupção no Brasil”. Segundo o site oficial do grupo, ele foi criado em 2019 com o intuito de ser “o instrumento jurídico, político e econômico de integração dos nove Estados da região Nordeste do Brasil”.
“Foram comprados 300 respiradores da indústria da maconha, esses respiradores nunca chegaram. Não me pergunte o que tem a ver covid-19 com maconha e com respirador. Eu quero saber. É tudo muito nebuloso nesse Consórcio Nordeste, a cada 10 pessoas que eu falo nas ruas, 9 falam sobre isso”, garantiu o senador.
Na sessão da CPI da Covid, o presidente da comissão chegou a chamar Girão de “oportunista” após ele cobrar a convocação de prefeitos de capitais, não respeitando um acordo foi feito entre integrantes do colegiado. “Infelizmente a gente vê aí um festival de agressividade, né? Uma tendência à blindagem a prefeitos, que estavam na lista inicialmente depois saíram”, afirmou.
“Eu não participo de acordão nenhum, deixei isso muito claro na sessão, o presidente foi muito agressivo, não sei o que é que ele teme, mas nós vamos continuar combatendo o bom combate para que venha verdade, as narrativas estão caindo a cada dia nessa CPI”, disse o senador.
Convocação de governadores
A CPI aprovou a convocação de nove governadores citados em investigações da Polícia Federal que apura desvios de recursos da pandemia. Para Girão, a medida é positiva, mas “é um passo que é para alguns e não para outros”. “A polícia federal chegou em capitais também”, pontuou.
“A CPI é muito clara, tendenciosa, totalmente parcial, você pega o próprio relator da CPI, que é Renan Calheiros, que tem um filho governador, então não dá pra se fazer meio relatório, ou você faz um relatório ou não faz. Então é uma CPI que está contaminada”, afirmou.