Fachin autorizou Polícia Federal a buscar provas contra Dias Toffoli

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal (PF) a usar dados de duas operações relacionadas à Lava Jato do Rio de Janeiro em uma apuração preliminar que resultou no pedido de inquérito contra o também ministro Dias Toffoli, um de seus pares.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Fachin aceitou o argumento da PF de que o acordo de colaboração do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB), tem uma cláusula que prevê o uso de informações coletadas nas operações Calicute, que prendeu o ex-governador, em 2016, e Boca de Lobo, que prendeu seu sucessor, Luiz Fernando Pezão, em 2018.

Ainda segundo o meio de comunicação, as informações coletadas pela Polícia Federal serviram de base para sustentar o pedido de investigação do ministro Dias Toffolli, suspeito de vender sentenças.

Na última sexta-feira (14), Fachin negou o pedido da Polícia Federal para apurar o susposto crime de corrupção de Toffolli. No entanto, o magistrado da Suprema Corte rejeitou a manifestação contrária da PGR durante a apuração preliminar e liberou o uso do material no âmbito do acordo de Cabral.

O ministro Dias Toffolli é acusado por Sérgio Cabral de receber R$ 4 milhões para favorecer 2 prefeitos do Estado do Rio de Janeiro em ações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Toffoli atuou na Corte eleitoral de 2012 a 2016.

COMPARTILHAR