A justiça brasileira toma decisões, muitas vezes, ‘inacreditáveis’!
Um caso que aconteceu, há poucos dias, no interior do Rio Grande do Sul (RS), mostra claramente a incoerência de decisões absurdas em benefícios a bandidos.
No dia 14 de janeiro, um indivíduo de alta periculosidade, que matou o policial militar, Ricardo Rocha de Almeida, o soldado Almeida, na cidade de Passo Fundo – RS no ano de 2014, ganhou o benefício da liberdade menos de 1 ano após ser capturado.
Trata-se de Felipe dos Santos da Costa, vulgo “pintiola”, que esteve cerca de 5 anos e 4 meses foragido da Justiça, quando foi localizado por policiais na cidade de Manoel Ribas, no estado do Paraná.
Na ocasião, “pintiola”, tentou se esconder da abordagem policial usando seus dois filhos de 2 e 4 anos.
Um vídeo que circula na web, mostra o bandido logo após ser solto. Sorridente, o criminoso exibe com orgulho o seu “alvará de soltura”.
O ato de soltura do bandido, gerou uma enorme revolta entre policiais militares e comunidade em geral.
Em seu despacho, o juiz escreveu:
“Considerando o pedido de absolvição feito pelo Ministério Público nos memoriais ora juntados bem como a manifestação pela concessão da liberdade provisória do denunciado, revogo a prisão preventiva de Felipe dos Santos da Costa, qualificado nos autos. Expeça-se alvará de soltura, devendo o réu ser posto em liberdade se por outro motivo não estiver preso. Após, intime-se a defesa para memoriais. Diligências legais.”
O crime: Policial morto com um tiro na cabeça
A morte do soldado Almeida ocorreu por volta das 06h30min, do dia 07 de setembro de 2014, no final de um baile, em Passo Fundo.
Os organizadores do baile estavam fazendo a contabilidade, quando quatro homens armados invadiram o salão anunciando o assalto e já foram atirando.
O policial que estava à paisana, não teve tempo de reagir e foi ferido com um tiro na cabeça.
Almeida chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital.
Logo após, os assaltantes roubaram dinheiro do baile e pertences das vítimas, inclusive duas pistolas do Policial Militar, e fugiram.
Imediatamente, a Polícia Militar promoveu uma grande “caçada” que resultou na prisão de dois assaltantes, Luiz Paulo Costa, o vulgo “Zizi”, que na época tinha 21 anos e Jeferson Bueno Monteiro, o vulgo “Seco”, que na época tinha 30 anos, e havia recebido dispensa do presídio no dia anterior ao assalto.
O vulgo “Zizi” estava com parte do dinheiro roubado, celulares das vítimas e uma arma.
Na tarde do mesmo dia, os Policiais Militares acabaram localizando o terceiro assaltante, que estava escondido próximo a uma leitaria. Ele resistiu a prisão efetuando disparos contra os policiais, que revidaram.
O bandido foi baleado e não resistiu a gravidade dos ferimentos e faleceu. Ele foi identificado como Ademar dos Santos Bagestan, que na época tinha 19 anos, e já possuía antecedentes criminais.
Dois dos assaltantes foram julgados em novembro de 2015, sendo que um deles foi condenado a 69 anos e 6 meses de reclusão e outro, pegou uma pena de 73 anos e 3 meses de cadeia.
Felipe dos Santos da Costa, “Pintiola” não foi julgado, pois estava foragido.
Um quinto acusado foi absolvido por falta de provas.