Para o deputado federal e jornalista Paulo Eduardo Martins, a mídia é parcial por causa da formação ‘enviesada’ de esquerda’.
“Está todo mundo contaminado pela guerra política. Está todo mundo contaminado pela politização hoje e, os jornalistas, parte deles, estão abandonando o seu papel, substituindo por uma militância política. No jornalismo de opinião, isso é normal. A pessoa analisa o fato conforme o filtro intelectual que ela desenvolveu. Agora, no jornalismo do dia a dia, cobertura de notícias, aí não. Aí você começa a distorcer por aquilo que convém. A formação dos jornalistas, em especialmente no Brasil, é uma formação enviesada, que acaba selecionando, por assim dizer, aqueles cuja visão de mundo é igual àquela que já predomina”, explicou o deputado, em entrevista à TV Jornal da Cidade Online.
Em relação à tentativa da mídia de santificar Renan Calheiros e Omar Aziz, Martins acredita que a grande imprensa ‘ressocializou o Renan’ com a intenção de atingir o presidente Bolsonaro.
“Existe uma diferença entre os proprietários dos veículos, que são aqueles que sentem como é que está o caixa, se está entrando ou não está entrando [dinheiro], e os donos das redações, que são os jornalistas, que fazem uma ou outra coisa a pedido do dono do veículo e, depois, fazem todo o resto do conteúdo, conforme dá na cabeça da redação. É assim que funciona. Renan é um cara capaz de fazer a maldade, ele é bom nisso, ele é competente nisso, então limparam a biografia do Renan.
Renan foi ressocializado pelo jornalismo nacional e, agora é uma figura de respeito que vai relatar uma CPI porque ele está muito preocupado com as mortes, com as pessoas que estão passando sofrimento nessa pandemia… Como se a corrupção e toda a patifaria do jogo político, feito até aqui não causasse dor, morte e sofrimento para a população. É sempre assim. Agora ele é um pião que convém. Então, aqueles inquéritos que estão mofando na Suprema Corte, inquéritos e processos e uma série de suspeitas, inclusive a forma como ele tratou a jornalista que teve um filho com ele, tratou de uma forma bizarra, até isso foi para debaixo do tapete. Essa defesa da mulher, que hoje é uma unanimidade nas redações, está sendo ignorada porque reabilitar, ressocializar, Renan é importante no jogo para derrubar Bolsonaro”, ressaltou.
Sobre o futuro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o deputado afirma que é um jogo perigoso.
“Essa CPI é perigosa. O governo não pode brincar com isso não, porque o jogo está todo armado. A narrativa está montada, só esperando ser ‘estartada’ para ser colocada em prática. A construção é ‘governo Bolsonaro foi omisso, não comprou vacina e é responsável pelas mortes’. Se o governo não fez isso e, eu acredito que não fez, apesar da má comunicação do presidente Bolsonaro que acabou deixando no ar a mensagem que não era favorável à vacina, fez ironia, fez coisas assim. Foi imprudente e aí faz com que a mensagem acabe colando, foi um erro dele brutal, mas o governo vai ter que comunicar muito bem as ações que ele fez. Os e-mails, todas as comunicações com os laboratórios e as tratativas e os senões”, completou.