Salles, sobre pressão por saída do governo: ‘Aguento porque não fiz nada de errado’

‘Não será meia dúzia de radicais infiltrados ou a esquerda e os petistas que roubaram este país durante 10 ou 15 anos que vão apontar o dedo para o nosso governo’

Em entrevista a Jovem Pan, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a rechaçar as acusações do delegado Alexandre Saraiva, ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, que apresentou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) denunciando o ministro por supostamente proteger madeireiros e atrapalhar medidas de fiscalização por interesses privados.

“Essa história é vergonhosa. Da mesma maneira que ele faz essas insinuações para tentar criar fatos que não existem, eu também poderia dizer que ele [Saraiva] é muito ligado à ex-ministra [do Meio Ambiente] Marina Silva e, mais do que um delegado, é um militante”, afirmou Salles. “O que consta naquela notícia-crime é mentira de ponta a ponta.”

O ministro disse que esteve reunido em Brasília com representantes dos madeireiros e uma série de autoridades. “A reunião em Brasília foi pedida para ouvir os madeireiros, que estavam com sua carga apreendida e não conseguiam sequer apresentar sua defesa”, explicou Salles. “Como uma reunião dessa pode ser algo fora da institucionalidade?”, indagou.

Questionado sobre a forte pressão para que deixe o ministério, Salles disse que conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e tem resiliência para suportar os ataques. “Eu aguento porque sei que não fiz nada errado. Aliás, eu não faço nada errado. As pessoas podem não concordar com as minhas opiniões”, afirmou.

“Não será meia dúzia de radicais infiltrados ou a esquerda e os petistas que roubaram este país durante 10 ou 15 anos que vão apontar o dedo para o nosso governo. Passados dois anos e meio, este governo não tem um escândalo de corrupção. Não devo nada para vagabundo nenhum”, finalizou Salles.

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