“Renan Calheiros convenceu zero pessoas de que é imparcial”, ironiza Constantino (veja o vídeo)

Favorito para ocupar a relatoria da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros (MDB) alegou, nesta sexta-feira (23), não poder analisar qualquer caso relativo a Alagoas; já que o próprio filho dele, Renan Calheiros Filho (MDB), é o governador daquele estado.

“Desde já me declaro parcial para tratar qualquer tema na CPI que envolva Alagoas. Não relatarei ou votarei. Não há sequer indícios quanto ao Estado, mas a minha suspeição antecipada é decisão de foro íntimo”, disse no Twitter, ao tentar passar uma boa impressão à sociedade brasileira, justo ele que é investigado em inúmeros inquéritos, incluindo casos de corrupção.

Durante o programa da Jovem Pan, “3 em 1”, ainda na sexta, o comentarista político Rodrigo Constantino ironizou o posicionamento de Renan Calheiros, afirmando que o senador convenceu “zero pessoas” sobre sua imparcialidade.

“Ele convenceu zero pessoas de que é imparcial ao dizer que, se as investigações chegarem no filho dele, vai se considerar suspeito. Ele deveria se declarar suspeito para analisar qualquer coisa ligada à ética e desvio de recursos públicos já que possui uma série de inquéritos engavetados no Supremo Tribunal Federal e faz campanha para que Lula volte a se sentar na cadeira da Presidência”, disparou.

Veja o vídeo

Um “acordão” entre partidos e parlamentares de oposição escolheu quem deveria se sentar nas melhores cadeiras e ocupar os cargos que irão administrar os trabalhos da CPI. Assim, os senadores Omar Aziz (PSD) e Randolfe Rodrigues (Rede) serão o presidente e vice-presidente da CPI. O relator será Calheiros, que se diz “parcial” para analisar apenas temas que estejam relacionados ao estado Natal dele.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) inicia os trabalhos nesta terça-feira (27) e promete investigar, não só supostas ações e omissões do Governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil, como também analisar o que governadores e prefeitos fizeram com o dinheiro recebido da União para o enfrentamento do vírus chinês.

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