O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), candidato a presidente da CPI da Covid, propôs, nesta quinta-feira (22), que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, cuja aposentadoria está prevista para 5 de julho deste ano, tenha o depoimento colhido pela Comissão e também que se faça a acareação de todos os depoentes que forem chamados, como os ex-ministros da Saúde, Eduardo Pazuello e Henrique Mandetta. A proposta de Girão também prevê mais ênfase à investigação dos atos de governadores e prefeitos.
O plano de Girão contempla abordar as vacinas contra a Covid-19 e demais medidas adotadas para conter o coronavirus, dentre elas, o isolamento social, que será uma ação a ser investigada. “Avaliar se foram expedidos atos suficientes e se foi adequado o conteúdo. Avaliar a base científica que norteou a adoção das medidas”, diz trecho da proposta.
Para Girão, o depoimento de Marco Aurélio é importante porque o ministro foi relator da decisão que reconheceu a competência de Estados e municípios no combate ao vírus. O integrante da Corte seria convocado a depor sobre decisão judicial, que ajudou governadores e prefeitos a elaborarem “manuais” próprios de enfrentamento da pandemia sem levar em consideração as regras emitidas pelo Ministério da Saúde ou opinião do atual presidente Jair Bolsonaro.