STF quis ‘tirar a autoridade’ de Bolsonaro, diz líder do governo

‘Vamos parar com esse negócio de ativismo político’, afirmou o deputado Ricardo Barros ao criticar decisões da Corte sobre o enfrentamento da pandemia

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta terça-feira, 20, que o Supremo Tribunal Federal (STF) quis “tirar a autoridade” do presidente Jair Bolsonaro ao determinar que Estados e municípios têm autonomia para conduzir o enfrentamento da pandemia de covid-19.

Em entrevista à CNN Brasil, o parlamentar criticou o ativismo judicial da mais alta Corte do país. “Quando o presidente tentou impor a sua visão sobre a pandemia, o Supremo discordou e, por duas vezes, decidiu no seu plenário que a responsabilidade era de Estados e municípios. As decisões e o julgamento foram exatamente para tirar a autoridade do presidente. Lamento profundamente o ativismo político do Judiciário no Brasil”, disse Barros.

“O Supremo tem que ter a humildade de receber ações e escrever: ‘arquive-se, não é da nossa competência’. Vamos parar com esse negócio de ativismo político. Se um juiz não gosta do prefeito, ele fica contrariando as decisões do prefeito. Numa cidade, o juiz manda abrir, na outra o juiz manda fechar”, prosseguiu o líder do governo.

Segundo Barros, Bolsonaro foi “enquadrado” pelos ministros da Suprema Corte. “Cada um tem que assumir sua culpa. Porque o presidente Bolsonaro tinha um decisão diferente do senso geral, ele foi combatido, e o Judiciário enquadrou o presidente. Agora não cobre dele, depois de tê-lo enquadrado.”

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