Sikêra Jr. revida e entra com ação contra Xuxa

Os apresentadores de TV, Sikêra Jr. e Xuxa Meneghel, travam uma batalha, não só nas mídias, trocando “farpas” em cadeia nacional, como também na Justiça. Xuxa deu o “pontapé” inicial e processou o jornalista em 2020. Mas, Sikêra Jr resolveu rebater a ex-“Rainha dos Baixinhos”, ingressando com uma ação denominada “Reconvenção”, colocando Xuxa na condição de ré.

O caso foi parar na 45ª Vara Cível de São Paulo, nas mãos da juíza Glaucia Lacerda Mansutti que, agora, vai analisar os pedidos de Xuxa contra Sikêra e vice-versa: tudo na mesma ação. Essa foi a forma encontrada pela defesa de Sikêra Jr, apresentador do “Alerta Nacional”, para responder às acusações feitas por sua “desafeta” na Justiça.

Reconvenção é a ação do réu contra o autor no mesmo processo em que aquele é demandado. Não é defesa, é demanda, ataque. Esta ação amplia objetivamente o processo, isso significa que o processo passa a ter novo pedido. Nem Xuxa e nem Sikêra Jr. comentam o caso.

A briga entre os apresentadores iniciou em outubro de 2020, quando Xuxa repostou um vídeo que Sikêra exibiu no “Alerta Nacional”, no qual um homem havia sido denunciado por estuprar uma égua. Em tom de brincadeira, Sikêra “convocou” dois membros de sua equipe para simular a cena ao vivo. Xuxa não gostou da atitude do jornalista e disse que se tratava de apologia à zoofilia.

“Repostei fazendo a pergunta: onde está a graça? E reafirmei: zoofilia é crime. Pois bem, o tal senhor, em vez de ver o erro que fez e se desculpar com as famílias que veem seu programa, começou a me atacar, me chamando de pedófila e ‘ex-rainha’. E mais: disse que ensinava crianças a não deixarem ninguém tocá-las em certos lugares do corpo”, escreveu ela em sua coluna na revista Vogue, em outubro. Sikêra revidou aos ataques e chamou Xuxa de pedófila por ela ter contracenado no filme “Amor Estranho Amor” (1982) em que faz cenas de sexo com um menino de 12 anos.

A apresentadora levou o caso à Justiça e alegou que “o conteúdo exibido pelo requerido era calunioso” e que “não se tratava de liberdade de expressão, mas de abuso de direito”. Ela pediu, em caráter de urgência, a cassação do título de jornalista do apresentador, o fim do programa televisivo e que ele ficasse proibido de citar o nome dela na TV.

A Justiça negou todas as solicitações e respondeu que os pedidos dela eram “censura”; o que não era permitido no Brasil. Xuxa pede R$ 500 mil de indenização por danos morais, mas diz que o dinheiro será revertido a instituições de caridade. Na reconvenção, Sikêra argumenta que também foi alvo de ataques.

Fonte: UOL

COMPARTILHAR