Em novo depoimento, a ex-namorada do vereador falou sobre supostas agressões a outras crianças
O novo depoimento de uma ex-namorada de Dr. Jairinho, Débora Melo Saraiva, revelou novos casos de violência a crianças. Agora, mais três novos casos de supostas agressões estão sendo investigados pela polícia, no entanto, o vereador nega ter cometido as violências. Ele e a atual namorada, Monique Medeiros, estão presos desde 8 de abril por suspeita de homicídio duplamente qualificado do menino Henry Borel, de 4 anos, filho dela.
O vereador e sua ex-namorada começaram a se relacionar no final de 2014 e ficaram juntos 6 anos. Em um primeiro depoimento, ela afirmou que o relacionamento era conturbado, mas não houve agressão.
Na sexta-feira, porém, ela prestou novo depoimento no qual relatou episódios de violência de Jairinho contra seu filho. De acordo com o delegado Antenor Lopes, Débora também falou que “foram tantas agressões que ela sequer consegue lembrar quantas vezes ela apanhou do vereador Douror Jairinho”.
Uma outra filha de Débora teria confirmado relatos de agressão do menino. Débora lembrou ainda de outra agressão, também em 2015. Ela diz que Jairinho insistiu para levar a criança numa casa de festas e que depois, o vereador ligou dizendo que Enzo havia torcido o joelho.
Outra denúncia de agressão de Jairinho a uma criança foi feita por outra ex-namorada do vereador, mãe de uma menina que hoje tem 13 anos. A menina prestou depoimento em março na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav).
A ex-namorada diz ainda que sua filha passava por situaões semelhantes as que as investigações indicam que foram vividas por Henry: “Eu falava que ele estava vindo, aí ela passava mal, vomitava, me agarrava. Ou então pedia à minha mãe: ‘Posso ficar com você, vó? Eu não quero ir, quero ficar aqui’.
Diretor do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC), Antenor Lopes disse que a prisão de Jairinho e Monique Medeiros foi importante para que testemunhas trouxessem novos fatos à 16ª DP (Barra da Tijuca).
“Foi muito importante o pedido de prisão temporária feito pela delegado Henrique Damasceno à justiça, porque após as prisões do casal, as testemunhas vêm comparecendo e apresentando, sim, novas versões, trazendo temores, e corrigindo seus depoimentos, e agora desta vez trazendo fatos que comprovam aquela linha de homicídio duplamente qualificado”, disse Antenor.