Com a esquerda morta, Ciro e Lula disputam o ‘Centrão’ para 2022

Com a esquerda brasileira enfraquecida, Ciro Gomes (PDT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disputam o espaço de maior destaque no também fraco “Centrão” para tentar derrotar o presidente Jair Bolsonaro em 2022.

Nesta quarta-feira (7), segundo o Estadão, Lula teria conversado por telefone com o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade. O grupo combinou de marcar um encontro pessoalmente nos próximos dias.

O ex-presidiário foi ágil: procurou o grupo logo após Maia declarar que Ciro Gomes “tem condições de liderar um projeto de Centro” para as próximas eleições.

Como foi noticiado, o pedetista foi um dos seis signatários do manifesto “pró-democracia” assinado por opositores de Bolsonaro como os tucanos João Doria e Eduardo Leite, o apresentador Luciano Huck, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e João Amoêdo (Novo).

Outro nome que não foge à vista do Centrão, mas que preferiu não assinar o manifesto por “motivos de trabalho”, é o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro. Todos os sete são vistos como “presidenciáveis”, mas nenhum despontou com força suficiente para derrotar Jair Bolsonaro.

Em meio às articulações, Ciro Gomes chegou a pedir “educadamente” e enaltecendo Lula como um “grande líder da história brasileira” que o petista tenha a “generosidade” de dar “um passo atrás” para “ajudar o Brasil a se reconciliar”. Ele quer que o ex-presidiário lance mão da candidatura ao Planalto e se contente com a vice-presidência.

“A gente devia pedir generosidade a quem já teve oportunidade, como o Lula, que é um grande líder da história brasileira. A gente devia pedir a ele para se compenetrar e não copiar o exemplo desastrado de Maduro, na Venezuela, ou o exemplo desastrado de Evo Morales, na Bolívia. Mas olhar para o que a Cristina Kirchner fez na Argentina, que ajudou o país a se reconciliar”, afirmou. A fala ocorreu no início da semana em um debate online da central dos sindicatos brasileiros.

Com informações do Terça Livre

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