Para Mourão, abertura de CPI foi ‘interferência’ indevida de Barroso

‘A gente sabe, vai ser aquela discussão, aquela geração de atrito, e atrito não leva a nada’, afirmou o vice-presidente

O vice-presidente Hamilton Mourão criticou nesta sexta-feira, 9, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso de determinar a instalação da CPI da Pandemia no Congresso Nacional, para apurar ações e eventuais omissões do governo federal no combate à covid-19.

“Isso, para mim, é uma interferência que não é devida. E vamos colocar o seguinte: nós estamos vivendo um momento difícil, complicado, é um momento em que a gente precisa de união de esforços. E a CPI, a gente sabe, vai ser aquela discussão, aquela geração de atrito, e atrito não leva a nada, só faz perda de energia”, disse Mourão.

O pedido para a criação da CPI foi protocolado no Senado no dia 15 de janeiro e conta com mais do que as 27 assinaturas necessárias para a instalação da comissão.

Presidente Jair Bolsonaro acusou o ministro de “militância” e “politicalha”

Na manhã desta sexta-feira, 09, o presidente Jair Bolsonaro rompeu o silêncio sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), e reagiu à determinação do ministro Luís Roberto Barroso de que o Senado instale CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar ações e supostas omissões do governo federal no combate à pandemia de Covid-19.

De acordo com o presidente, Barroso e a bancada de esquerda do Senado se uniram numa “jogadinha casada” para desgastar o governo.

– Eles não querem saber do que aconteceu com os bilhões desviados por alguns governadores e alguns poucos prefeitos também. Agora, detalhe: dentro do Senado tem processo de impeachment contra ministro do STF. Eu quero saber se o Barroso vai ter coragem moral de mandar instalar esse processo de impeachment também. Pelo que me parece falta coragem moral ao Barroso e sobra ativismo judicial – declarou Bolsonaro.

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