“A matéria mostra todo o seu viés, tendencioso e desonesto”, diz a pasta
O Ministério da Defesa acusou, nesta quarta-feira (7), o jornal Folha de S.Paulo de publicar uma matéria com “graves manipulações, incorreções, omissões e inverdades, que levam o leitor à completa desinformação”.
Publicada em 6 de abril, a matéria em questão tem o seguinte título: “Hospitais das Forças Armadas reservam vagas para militares e deixam até 85% de leitos ociosos sem atender civis.”
De acordo com o comunicado do Ministério da Defesa: “Ao contrário do que induz o título da matéria, a grande maioria dos hospitais militares está com quase todos os leitos de UTI ocupados. Na realidade, muitos hospitais militares têm frequentemente removido pacientes para outras regiões para evitar o colapso. Assim como os hospitais civis, a situação varia de acordo com cada região. Os números são críticos e evoluem diariamente.”
O texto acrescenta: “A reportagem deliberadamente usou dados de hospitais pequenos, com poucos leitos, recursos limitados e de alguns que sequer possuem UTI.”
Ainda de acordo com o comunicado: “A matéria mostra todo o seu viés, tendencioso e desonesto, ao mencionar que as Forças Armadas ‘contrariam os princípios da dignidade humana e violam o dever constitucional do Estado de oferecer acesso à saúde de forma universal’. O jornalista deliberadamente ignora e omite todas as ações que as Forças Armadas vêm realizando há mais de um ano, em apoio abnegado à população brasileira, desde o início da pandemia.”
O texto do Ministério da Defesa do governo Jair Bolsonaro completa: “O MD lamenta que assunto de tamanha gravidade seja objeto de matéria que induz a sociedade brasileira à desinformação.
Reiteramos que as Forças Armadas atuam na atual pandemia, com extrema dedicação, no limite de suas capacidades, sempre com total transparência e prontidão, preservando e salvando vidas.”