Pai é acusado de vender filho recém-nascido por R$ 4 mil

Em Praia Grande, litoral paulista, um recém-nascido, de apenas 30 dias de vida foi vendido pelo próprio pai, por R$ 4 mil, segundo denunciou a mãe da criança. O menino foi encontrado na última quinta-feira, 1°, na Zona Leste de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, a suspeita é de que o bebê tenha sido vítima de uma rede de tráfico de crianças que age através da web. O pai do recém-nascido teve a prisão decretada, mas está foragido.

De acordo com o delegado Alex Mendonça, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, a mãe do bebê foi até a delegacia denunciar o ex-companheiro, pai da criança, após ter sido agredida por ele no dia 19 de março. Segundo a mulher, o acusado teria invadido sua casa e a agrediu com socos no rosto e em outras partes do corpo, fugindo logo em seguida.

No momento do registro da ocorrência de lesão corporal, ela também informou que a briga ocorreu em decorrência da venda do próprio filho deles, feita pelo ex, no dia 3 de março.

Segundo o delgado, diante das informações, obtidas, inclusive, através do monitoramento das redes sociais, foi solicitado junto ao Poder Judiciário um mandato de busca para o recém-nascido, o pedido de prisão do pai biológico e do comprador, solicitações que foram acatadas.

Durante as buscas, os policias prenderam um empresário de 33 anos, sob suspeita de ser o comprador da criança. Aos agentes, o suspeito alegou que adotou o bebê, e que ajudou a mãe durante o período de gravidez, para poder ficar com a guarda da criança quando nascesse, já que ele tinha o sonho de ser pai, juntamente com seu companheiro, segundo informou o delegado que investiga o caso.

“Eles fizeram uma adoção ‘à brasileira’, como é dito. O casal registrou o bebê em seu nome, como se fossem os pais biológicos”, afirma.

O empresário foi conduzido à Delegacia Sede de Praia Grande, junto com o companheiro. Conforme depoimento, ele informou que conseguiu o contato da mãe da criança através de uma “comunidade” na internet. Ele teve a prisão preventiva decretada pela 2ª Vara Criminal de Praia Grande, e permanece detido. Seu companheiro foi ouvido e liberado.

O recém-nascido foi encaminhado para uma casa de acolhimento e, segundo o Conselho Tutelar, estava bem cuidado e não apresentava sinais de maus-tratos.

O pai biológico do menor, Ronaldo Alves de Souza, de 47 anos, teve a prisão decretada, mas permanece foragido. A mãe segue sendo investigada.

Para a polícia há uma suspeita de um possível esquema de tráfico de bebês e crianças, que se utiliza das redes sociais para viabilizar os crimes.

Com informações do G1

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